a metade do séc. XX, após a II GM, as artes visuais e seu segmento artístico, as Artes Plásticas, sofreram um aumento espetacular na sua disseminação e popularização. Não fizeram mais do que acompanhar o verdadeiro “boom” da Cultura como Indústria, passando a ser uma das mais importantes mercadorias, além de símbolo de desenvolvimento das Nações mais importantes.
As Artes Plásticas passaram a povoar o imaginário de todos de uma forma muito mais presente do que antes dos modernos meios de comunicação. Passaram a fazer parte de tudo o que era produção visual. As trocas na represe
Os séculos XIX e XX foram revolucionários em todos os aspectos, mas para a Arte, foram os dois séculos onde ocorreram as mais significativas e mais profundas mudanças, com a criação até da Sétima Arte, o Cinema e em todas as manifestações artísticas – em especial, as Artes Visuais.
A importância da Arte foi alterada, de ícone de poder e linguagem mais utilizada na comunicação de massas, para mais uma das formas de comunicação visual, além de suas já tradicionais atribuições. Após a IGM, o eixo da produção artística, novos movimentos e comercialização das obras de Arte, mudou de Paris, para Nova Iorque – o novo polo criador e produtor cultural,modismos e tendências. Com essa mudança, a Arte passou também por sua própria “Revolução Técnica”, a partir da Revolução Industrial, acompanhando a pujança econômica da grande Nação vitoriosa daquela guerra, os EUA. As Artes Plásticas, em especial, sofreram e causaram impactos que repercutem até nossos dias, como a evolução técnica dos meios impressos de comunicação, o aumento exponencial das publicações e suas tiragens e o surgimento dos meios audiovisuais de comunicação.
Na segundntação, nos temas e nas técnicas, se intensificaram ainda mais com o advento da informática e da internet. Hoje porém, a Arte, dita, Contemporânea, atravessa, com a multiplicidade de suas criações e propostas, uma crise de identidade com perguntas como: “Afinal, o que é Arte?” Ou então, com perguntas ácidas como:”Isso aí é Arte?” O cenário atual justifica tais questões. Quem hoje pode afirmar o que é ou o que não é Arte? Os críticos ou o mercado? Diante de um quadro, assim, sem trocadilho, para quem quer formar juízo e continuar a apreciar obras de Arte, o ideal é colher o máximo de informações, para, pelo menos, possuir algum tipo de ideia sobre tão fascinante item cultural, a Arte Contemporânea. O pior é quando nos deparamos com instalações e obras completamente obscuras, estranhas e chocantes para a grande maioria das pessoas.
Como tenho grande afinidade profissional com as Artes Plásticas, através do desenho e da ilustração gráfica, venho me interessando pelo tema já há bastante tempo, com uma maior preocupação com estas questões. Procurei formular para meu uso, instrumentos teóricos com os quais tento sempre responder a essas perguntas. Nem sempre consigo respostas fáceis, mas tento respondê-las, pois acho que vale à pena. Acho que ao compartilhar com vocês, amantes ou nem tanto, das Artes Plásticas, vou acabar ajudando a mim mesmo, nessa minha busca por respostas satisfatórias.
Por enquanto, achei quatro pontos ou quatro dicas, de como podemos tentar apreciar ou obter melhor fruição do que as Artes Visuais e em particular, a Arte Contemporânea pode oferecer para o espectador.
O que posso melhor dizer, seria um incentivo para todos os que ao comparecer a uma exposição de Arte Contemporânea, ainda sentem-se intimidados pelas criativas, ousadas, estranhas e até risíveis propostas atuais.
Como grande incentivo à uma aceitação e uma melhor fruição e melhores ferramentas perceptivas diante do ineditismo e da estranheza de algo artístico novo e chocante, posso dizer quanto a Arte Contemporânea: “você não sabe o que está perdendo!”
1ª Dica: DESARME-SE.
Tente eliminar pré-condições ou avaliações apressadas em cima de dos valores tradicionais como BELEZA, FINALIDADE ou “PREFIRO A ARTE DE ANTIGAMENTE”, ou ainda mais típico, que pode ser “PREFIRO OBRAS BARROCAS” o que é, no mínimo, puro conservadorismo confortável.
Seria mais ou menos como afirmar que “eu prefiro ouvir polka e lundú ao invés destas músicas modernas” ou então, “eu prefiro a velha broca com cordinhas dos consultórios de dentistas do que as velozes brocas de hoje”. O novo é bom e é inexorável. O novo é o amanhã, é o moderno, o futuro agora. A modernidade é o passar dos dias.
A modernidade é a vida! O novo é parte importante do presente. É a evolução natural.
Evite comparações com obras de Arte que você já viu e gostou. Desarme-se.
Viva o dia de hoje, o seu tempo e tente apreciar o que está sendo feito hoje!
2ª Dica: ACEITE O NOVO.
Tente aceitar o inédito, o estranho, o que ainda não está consagrado ou o que ainda não possui tanta fama ou fama nenhuma e que, para você, aparenta estar bem feito e ser manifestação sincera por parte do artista.
Evite juízos fechados, formatados. Tente abrir uma janela para novas expressões artísticas da mesma forma que você não usa mais Atari, pílulas de vida do Dr.Ross, Gumex, calça-boca-de-sino ou aquele cabelo “black power” que fez tanto sucesso com as “gatinhas” há 40 anos atrás! Tenha paciência e espere a estranheza passar! Aceite o inédito!
3ª Dica: SIGA SEU INSTINTO.
Se o que você está vendo chamou muito sua atenção, chocou, despertou seu interesse ou ainda, você está gostando ou começando achar que o que está vendo é bom ou agradável, confie em seu taco, no seu gosto. Faça igual a cidade de São Paulo: “Non ducor duco”, em português, não sou conduzido, conduzo! Curta seu instinto!
Quanto às opiniões de amigos, parentes e colegas, seja educado e as ouça com atenção, não rejeite de cara o que falam, mas não deixe de colocar as opiniões alheias na prateleira das “opiniões a serem checadas posteriormente”. Avalie se a pessoa é alguém que sabe bem do que fala, se realmente tem conhecimento de causa, mas assim mesmo, julgue você mesmo e siga seu instinto com base na sua vida.
Exerça sua personalidade!
4ª Dica: INFORME-SE.
Se realmente você está a fim de apreciar mais a Arte Contemporânea, e concorda em seguir algumas das dicas acima, informe-se mais. Procure ler mais sobre o assunto, observar mais. Visite exposições em Museus e Galerias de Arte. Aqui no Rio de Janeiro, temos dezenas de bons Museus e Centros Culturais, alguns com visitação grátis e outros, com ingressos a preços baixos. Em jornais e revistas de grande circulação sempre são publicadas matérias sobre a Arte e muitas vezes saem reportagens sobre a Arte Contemporânea.
Como dissemos, viva o seu tempo, seu mundo. Saiba mais sobre a Arte do seu tempo!
Se você não aproveitar para entender sobre a Arte do nosso tempo um pouco mais, nunca irá captar o que está sendo feito hoje. Finalizando, posso garantir que tais obras podem ser importantes para sua formação cultural e até entendimento melhor da sociedade em que você vive.
A foto ilustra a tela O Mágico, de Beatriz Milhazes, vendida em um leilão por US$ 1,049 milhão. Foi o maior valor alcançado por um artista brasileiro vivo
As Artes Plásticas passaram a povoar o imaginário de todos de uma forma muito mais presente do que antes dos modernos meios de comunicação. Passaram a fazer parte de tudo o que era produção visual. As trocas na represe
Os séculos XIX e XX foram revolucionários em todos os aspectos, mas para a Arte, foram os dois séculos onde ocorreram as mais significativas e mais profundas mudanças, com a criação até da Sétima Arte, o Cinema e em todas as manifestações artísticas – em especial, as Artes Visuais.
A importância da Arte foi alterada, de ícone de poder e linguagem mais utilizada na comunicação de massas, para mais uma das formas de comunicação visual, além de suas já tradicionais atribuições. Após a IGM, o eixo da produção artística, novos movimentos e comercialização das obras de Arte, mudou de Paris, para Nova Iorque – o novo polo criador e produtor cultural,modismos e tendências. Com essa mudança, a Arte passou também por sua própria “Revolução Técnica”, a partir da Revolução Industrial, acompanhando a pujança econômica da grande Nação vitoriosa daquela guerra, os EUA. As Artes Plásticas, em especial, sofreram e causaram impactos que repercutem até nossos dias, como a evolução técnica dos meios impressos de comunicação, o aumento exponencial das publicações e suas tiragens e o surgimento dos meios audiovisuais de comunicação.
Na segundntação, nos temas e nas técnicas, se intensificaram ainda mais com o advento da informática e da internet. Hoje porém, a Arte, dita, Contemporânea, atravessa, com a multiplicidade de suas criações e propostas, uma crise de identidade com perguntas como: “Afinal, o que é Arte?” Ou então, com perguntas ácidas como:”Isso aí é Arte?” O cenário atual justifica tais questões. Quem hoje pode afirmar o que é ou o que não é Arte? Os críticos ou o mercado? Diante de um quadro, assim, sem trocadilho, para quem quer formar juízo e continuar a apreciar obras de Arte, o ideal é colher o máximo de informações, para, pelo menos, possuir algum tipo de ideia sobre tão fascinante item cultural, a Arte Contemporânea. O pior é quando nos deparamos com instalações e obras completamente obscuras, estranhas e chocantes para a grande maioria das pessoas.
Como tenho grande afinidade profissional com as Artes Plásticas, através do desenho e da ilustração gráfica, venho me interessando pelo tema já há bastante tempo, com uma maior preocupação com estas questões. Procurei formular para meu uso, instrumentos teóricos com os quais tento sempre responder a essas perguntas. Nem sempre consigo respostas fáceis, mas tento respondê-las, pois acho que vale à pena. Acho que ao compartilhar com vocês, amantes ou nem tanto, das Artes Plásticas, vou acabar ajudando a mim mesmo, nessa minha busca por respostas satisfatórias.
Por enquanto, achei quatro pontos ou quatro dicas, de como podemos tentar apreciar ou obter melhor fruição do que as Artes Visuais e em particular, a Arte Contemporânea pode oferecer para o espectador.
O que posso melhor dizer, seria um incentivo para todos os que ao comparecer a uma exposição de Arte Contemporânea, ainda sentem-se intimidados pelas criativas, ousadas, estranhas e até risíveis propostas atuais.
Como grande incentivo à uma aceitação e uma melhor fruição e melhores ferramentas perceptivas diante do ineditismo e da estranheza de algo artístico novo e chocante, posso dizer quanto a Arte Contemporânea: “você não sabe o que está perdendo!”
1ª Dica: DESARME-SE.
Tente eliminar pré-condições ou avaliações apressadas em cima de dos valores tradicionais como BELEZA, FINALIDADE ou “PREFIRO A ARTE DE ANTIGAMENTE”, ou ainda mais típico, que pode ser “PREFIRO OBRAS BARROCAS” o que é, no mínimo, puro conservadorismo confortável.
Seria mais ou menos como afirmar que “eu prefiro ouvir polka e lundú ao invés destas músicas modernas” ou então, “eu prefiro a velha broca com cordinhas dos consultórios de dentistas do que as velozes brocas de hoje”. O novo é bom e é inexorável. O novo é o amanhã, é o moderno, o futuro agora. A modernidade é o passar dos dias.
A modernidade é a vida! O novo é parte importante do presente. É a evolução natural.
Evite comparações com obras de Arte que você já viu e gostou. Desarme-se.
Viva o dia de hoje, o seu tempo e tente apreciar o que está sendo feito hoje!
2ª Dica: ACEITE O NOVO.
Tente aceitar o inédito, o estranho, o que ainda não está consagrado ou o que ainda não possui tanta fama ou fama nenhuma e que, para você, aparenta estar bem feito e ser manifestação sincera por parte do artista.
Evite juízos fechados, formatados. Tente abrir uma janela para novas expressões artísticas da mesma forma que você não usa mais Atari, pílulas de vida do Dr.Ross, Gumex, calça-boca-de-sino ou aquele cabelo “black power” que fez tanto sucesso com as “gatinhas” há 40 anos atrás! Tenha paciência e espere a estranheza passar! Aceite o inédito!
3ª Dica: SIGA SEU INSTINTO.
Se o que você está vendo chamou muito sua atenção, chocou, despertou seu interesse ou ainda, você está gostando ou começando achar que o que está vendo é bom ou agradável, confie em seu taco, no seu gosto. Faça igual a cidade de São Paulo: “Non ducor duco”, em português, não sou conduzido, conduzo! Curta seu instinto!
Quanto às opiniões de amigos, parentes e colegas, seja educado e as ouça com atenção, não rejeite de cara o que falam, mas não deixe de colocar as opiniões alheias na prateleira das “opiniões a serem checadas posteriormente”. Avalie se a pessoa é alguém que sabe bem do que fala, se realmente tem conhecimento de causa, mas assim mesmo, julgue você mesmo e siga seu instinto com base na sua vida.
Exerça sua personalidade!
4ª Dica: INFORME-SE.
Se realmente você está a fim de apreciar mais a Arte Contemporânea, e concorda em seguir algumas das dicas acima, informe-se mais. Procure ler mais sobre o assunto, observar mais. Visite exposições em Museus e Galerias de Arte. Aqui no Rio de Janeiro, temos dezenas de bons Museus e Centros Culturais, alguns com visitação grátis e outros, com ingressos a preços baixos. Em jornais e revistas de grande circulação sempre são publicadas matérias sobre a Arte e muitas vezes saem reportagens sobre a Arte Contemporânea.
Como dissemos, viva o seu tempo, seu mundo. Saiba mais sobre a Arte do seu tempo!
Se você não aproveitar para entender sobre a Arte do nosso tempo um pouco mais, nunca irá captar o que está sendo feito hoje. Finalizando, posso garantir que tais obras podem ser importantes para sua formação cultural e até entendimento melhor da sociedade em que você vive.
A foto ilustra a tela O Mágico, de Beatriz Milhazes, vendida em um leilão por US$ 1,049 milhão. Foi o maior valor alcançado por um artista brasileiro vivo